A sexualidade apresenta-se como uma necessidade humana básica de afecto e pertença, fundamental e natural na vida das pessoas, independentemente da idade e da condição física. Não se restringe apenas ao ato sexual, mas inclui o desfrutar do prazer do contato corporal, da comunicação, da segurança emocional e do sentir-se querido.
A forma e intensidade como cada um vive a sexualidade depende, em grande parte, da forma como a viveu durante a sua vida. Trata-se de manter uma continuidade da sua existência. Isto é, se no passado a vida sexual desempenhava um papel importante na vida da pessoa, na velhice a relevância dessa atividade mantém-se. Portanto, não é verdade que o envelhecimento proporcione uma diminuição do interesse na sexualidade.
Aspectos essenciais como este, a identidade, o papel de género, a capacidade de enamoramento e afeto, a capacidade de intimidade e compromisso, de dar e receber prazer, não têm justificação para diminuir na velhice, podendo, em muitos casos, até melhorar! Assim, ainda que com o avançar da idade a atividade sexual possa diminuir, o interesse e a capacidade de viver uma sexualidade satisfatória mantêm-se, adaptando-se através de diferentes formas de expressão.
In “Manual de Envelhecimento Activo” – Óscar Ribeiro e Constança Paúl